/*----------------------------*/ MSIAD - ISCTE, Mestrado em Sistemas Integrados de Apoio à Decisão: setembro 2020

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Uma perspectiva um pouco mais completa sobre a história dos Sistemas de Apoio à Decisão


Final Anos 40 - Anos 50


Iniciaram-se estudos teóricos

O alvo deste livro são os processos cognitivos e comportamentais ao fazer escolhas racionais/decisões.
Em 1947 Herbert Simon publicava o seu livro Administrative Behavior, que é até hoje uma referência na forma como mostra que as organizações podem ser entendidas em termos do processo de decisão. Este livro é a base teórica de apoio à decisão. 

Anos 60

Vertente práctica – primeiras experiências

Na década de 60 efectuaram-se experiências de utilização de modelos sistemáticos quantitativos computorizados, no apoio ao processo de decisão e planeamento.
Em 1964 o desenvolvimento do IBM System 360 e outros sistemas mainframe tornou práctico e rentável o desenvolvimento de Management Information Systems (MIS) por parte de grandes companhias. Estes sistemas produziam relatórios periódicos e a informação era recolhida de sistemas de processamento de transacções.
No entanto estes sistemas não permitiam a interacção com os utilizadores no processo de decisão, caracteristica dos DSS.

Anos 70

DSS

É considerado que o conceito de DSS tornou-se uma área de pesquisa em meados dos anos 70, sendo estudado intensamente antes do início dos anos 80.
A primeira utilização do termos DSS (decision Support System) foi por Gorry and Scott-Morton’s (1971) no artigo “Sloan Management Review”. Eles argumentaram que os MIS se focavam em decisões estruturadas e sugeriram que para os sistemas de suporte à informação para decisões semi-estruturadas e não estruturadas fosse utilizado o termo Decision Support Systems (DSS).
John D.C. Little, também do Massachusetts Institute of Technology, estava a estudar DSS para o marketing identificando critérios para desenhar sistemas e modelos para suporte à decisão. Os critérios definidos por Little, no artigo “Models and managers: The concept of a decision calculus”, que permanecem relevantes nos DSS, foram: robustez, fácil controlo, simplicidade, detalhe relevante da informação e o mais completo possivel.

Anos 80

EIS

Em meados e final dos anos 80, iniciou o estudo dos sistemas de informação executiva (EIS), sistemas de apoio à decisão em grupo (GDSS) e sistemas de apoio à decisão organizacionais (ODSS) envolvendo um único usuário e o DSS orientado à modelagem.
BonCzek(1980) define os DSS como sendo um sitema computacional constítuido por três componentes que interagem: um subsistema de comunicação entre o utilizador e os outros componentes do sistema, um subsistema de conhecimento do dominio de aplicação do DSS e um subsistema de processamento de problemas.

Anos 90

Datawarehouse  (Immon e Kimball) e OLAP
No início dos anos 90, começaram a surgir a partir do DSS os conceitos de data warehouse e processamento analítico on-line (OLAP) que rapidamente se difundiram.
Bill Inmon and Ralph Kimball promoveram os DSS construídos com tecnologias de base de dados relacional. Ralph Kimball foi denominado por "The Doctor of DSS" e Bill Inmon por "father of the data warehouse”.

Anos 2000

Web-DSS

Com a difusão da internet nos anos 90 também a área dos DSS teve um impacto significativo. Na passagem do milénio novas aplicações analíticas baseadas na web foram introduzidas.
Verificou-se o desenvolvimento de sistemas onde é possivel obter todas as informações on-line, com rapidez e com a capacidade para realizar a sua análise e formatação da informação de acordo com as necessidades.



DSS Timeline (3)

Year
Major Milestones
1945
Bush proposed Memex
1947
Simon book titled Administrative Behavior
1952
Dantzig joined RAND and continued research on linear programming
1955
Semiautomatic Ground Environment (SAGE) project at M.I.T. Lincoln Lab uses first light pen; SAGE completed 1962, first data-driven DSS
1956
Forrester started System Dynamics Group at the M.I.T. Sloan School
1960
Simon book The New Science of Management Decision; Licklider article on “Man-Computer Symbiosis”
1962
Licklider architect of Project MAC program at M.I.T.; Iverson’s book A Programming Language (APL); Engelbart's paper "Augmenting Human Intellect: A Conceptual  Framework"
1963
Englebart established Augmentation Research Center at SRI
1965
Stanford team led by Feigenbaum created DENDRAL expert system; Problem Statement Language/Problem Statement Analyzer (PSL/PSA) developed at Case Institute of Technology
1966
UNIVAC 494 introduced; Tymshare founded and Raymond article on computer time-sharing for business planning and budgeting
1967
Scott Morton’s dissertation completed on impact of computer-driven visual display devices on management decision-making process; Turban reports national survey on use of mathematical models in plant maintenance decision making
1968
Scott Morton and McCosh article; Scott Morton and Stephens article;Englebart demonstrated hypermedia—groupware system NLS (oNLineSystem) at Fall Joint Computer Conference in San Francisco
1969
Ferguson and Jones article on lab study of a production scheduling computer-aided decision system running on an IBM 7094; Little and LodishMEDIAC, media planning model; Urban new product model-based system called SPRINTER
1970
Little article on decision calculus support system; Joyner and Tunstall article on Conference Coordinator computer software; IRI Express, a multidimensional analytic tool for time-sharing systems, becomes available;Turoff conferencing system
1971
Gorry and Scott Morton SMR article first published use of term Decision Support System; Scott Morton book Management Decision Systems; Gerrityarticle Man-Machine decision systems; Klein and Tixier article on SCARABEE
1973
PLATO Notes, written at the Computer-based Education Research Laboratory (CERL) at the University of Illinois by David R. Woolley
1974
Davis’s book Management Information Systems; Meador and Ness article DSS application to corporate planning
1975
Alter completed M.I.T. Ph.D. dissertation "A Study of Computer Aided Decision Making in Organizations"; Keen SMR article on evaluating computer-based decision aids; Boulden book on computer-assisted planning systems
1976
Sprague and Watson article "A Decision Support System for Banks"; Grace paper on Geodata Analysis and Display System
1977
Alter article "A Taxonomy of Decision Support Systems", Klein article onFinsim; Carlson and Scott Morton chair ACM SIGBDP Conference DSS Conference
1978
Development began on Management Information and Decision Support (MIDS) at Lockheed-Georgia; Keen and Scott Morton book; McCosh and Scott Morton book; Holsapple dissertation completed; Wagner foundedExecucom to market IFPS; Bricklin and Frankston created Visicalc (Visible Calculator) microcomputer spreadsheet; Carlson from IBM, San Jose plenary speaker at HICSS-11; Swanson and Culnan article document-based systems for management planning
1979
Rockart HBR article on CEO data needs
1980
Sprague MISQ article on a DSS Framework; Alter book; Hackathorn foundedMicroDecisionware
1981
First International Conference on DSS, Atlanta, Georgia; Bonczek, Holsapple, and Whinston book; Gray paper on SMU decision rooms and GDSS
1982
Computer named the “Man” of the Year by Time Magazine; Rockart andTreacy article “The CEO Goes On-Line” HBR; Sprague and Carlson book; Metaphor Computer Systems founded by Kimball and others from Xerox PARC; ESRI launched its first commercial GIS software called ARC/INFO; IFIP Working Group 8.3 on Decision Support Systems established
1983
Inmon Computerworld article on relational DBMS; IBM DB2 Decision Support database released; Student Guide to IFPS by Gray; Huntington establishedExsys; Expert Choice software released
1984
PLEXSYS, Mindsight and SAMM GDSS; first Teradata computer with relational database management system shipped to customers Wells Fargo and AT&T; MYCIN expert system shell explained
1985
Procter & Gamble use first data mart from Metaphor to analyze data from checkout-counter scanners; Whinston founded Decision Support Systems journal; Kersten developed NEGO
1987
Houdeshel and Watson article on MIDS; DeSanctis and Gallupe article on GDSS; Frontline Systems founded by Fylstra, marketed solver add-in for Excel
1988
Turban DSS textbook; Pilot Software EIS for Balanced Scorecard deployed at Analog Devices
1989
Gartner analyst Dresner coins term business intelligence; release of Lotus Notes; International Society for Decision Support Systems (ISDSS) founded by Holsapple and Whinston
1990
Inmon book Using Oracle to Build Decision Support Systems; Eom and Lee co-citation analysis of DSS research 1971–1988
1991
Inmon books Building the Data Warehouse and Database Machines and Decision Support Systems; Berners-Lee’s World Wide Web server and browser, become publicly available
1993
Codd et al. paper defines online analytical processing (OLAP)
1994
HTML 2.0 with form tags and tables; Pendse’s OLAP Report project began
1995
The Data Warehousing Institute (TDWI) established; DSS journal issue on Next Generation of Decision Support; Crossland, Wynne, and Perkins article on Spatial DSS; ISWorld DSS Research pages and DSS Research Resources
1996
InterNeg negotiation software renamed Inspire; OLAPReport.com established;
1997
Wal-Mart and Teradata created then world’s largest production data warehouse at 24 Terabytes (TB)
1998
ACM First International Workshop on Data Warehousing and OLAP
1999
DSSResources.com domain name registered
2000
First AIS Americas Conference mini-track on Decision Support Systems
2001
Association for Information Systems (AIS) Special Interest Group on Decision Support, Knowledge and Data Management Systems (SIG DSS) founded
2003
International Society for Decision Support Systems (ISDSS) merged with AIS SIG DSS


Referências

  
   (3)    Power, D.J. A Brief History of Decision Support Systems. DSSResources.COM, World Wide Web, http://DSSResources.COM/history/dsshistory.html, version 4.0, March 10, 2007.
   (4)    Models and Managers: The Concept of a Decision Calculus



Modelo relacional

Introdução
No modelo relacional a informação é apresentada através de relações (i.e. tabelas), que são manipuladas através de conjuntos intersecção, produtos cartesiano (p.e. joins), união, etc.
A base de dados relacional é um conjunto de relações, e cada uma possui um número específico de atributos (i.e. colunas) e um número variável tuplos (i.e. linhas ou instâncias).
A cada atributo é atribuído um domínio (i.e. conjunto de valores válidos) e um nome único na relação.
Por seu lado, os valores são armazenados na intersecção entre as linhas e os atributos, pertencendo ao domínio do atributo. Na “ausência de valor” estas assumem o valor “NULL”.

Uma operação entre conjuntos, que produz um novo conjunto (constituído por todas as combinações entre os seus elementos), designa-se por produto cartesiano.
Assim, uma relação é um subconjunto do produto cartesiano de uma lista de domínios (p.e. qualquer subconjunto de Int x String x String é uma relação).
Contudo, a informação obtida unicamente através de produtos cartesianos entre tabelas pode ser incoerente, despoletando a necessidade de se efectuarem joins. Estes correspondem a produtos cartesianos complementados por uma filtragem das linhas que obedecem a um determinado critério de equivalência.

Corolários da relação como conjunto:
·         O modelo relacional preconiza que não podem existir dois tuplos exactamente iguais, pois representariam a mesma realidade ou seja, informação duplicada;
·         Não podemos assumir a existência de uma ordem definida entre as linhas de uma tabela (i.e. que esta se encontre ordenada por um ou mais atributos).


Diferentes tipos de Keys
Chave primária ou Primary Key (doravante designada por PK) é um conjunto minimal de atributos que permitem identificar univocamente um tuplo de uma relação. Esta chave não pode conter registos vazios a deve ser única (i.e. não pode conter dois tuplos com o mesmo valor). Todas as relações têm de possuir uma cave primária.
Ao conjunto da PK com outro atributo, designa-se por Super-Chave (p.e. Num_cliente e Nome_cliente). Nesta chave, apenas o atributo PK deve encontrar-se sempre preenchido e ser único (no exemplo previamente facultado, o Nome_Cliente pode possuir registos com a mesma informação ou com valor “NULL”.
As Chaves Candidatas ou Candidate Keys são representadas por um conjunto de atributos, entre os quais se encontra a PK. Desta forma, os restantes atributos são designados por Chaves Alternativas ou Alternative Keys.

A Chave Composta ou Composed Key é constituída por mais do que um atributo e tal como a PK deve ser única (i.e. não podem existir registos com informação duplicada no conjunto ordenado de valores assumidos em todos os atributos que a compõem) e não deve conter registos “NULL”.

No processo de selecção da PK devem ser tidos em consideração os seguintes aspectos:
·         Deve ser composta por um atributo familiar ao utilizador – designadas por Chaves Naturais (conceito inexistente no modelo relacional original);
·         Por motivos de eficiência, esta deve pertencer a um domínio numérico;
·         Também por motivos de eficiência, esta deve ser composta por apenas um atributo.

A Chave Estrangeira ou Foreign Key (doravante designada por FK) corresponde ao atributo cujo domínio é composto por valores existentes na PK e apenas em PK. Caso, o atributo em causa possua valores “NULL” então este não será uma FK, uma vez que esse valor não é válido na PK.
A FK permite o cruzamento de variáveis entre tabelas.  


Restrição da integridade referencial
A restrição da integridade referencial corresponde à restrição dos dados na FK imposta por uma PK, ou seja, a FK apenas poderá conter valores não “NULL” definidos previamente na PK.
O quadro abaixo, permite-nos percepcionar as opções que os Administradores dos sistemas possuem para gerir esta restrição quando os utilizadores pretendem apagar, criar ou alterar as PK’s.

Opção
“ON DELETE”
“ON UPDATE”
Restrict
A BD não permite apagar o valor da PK, sem que se apague primeiro todas as linhas com FK associadas ao valor
A BD não permite criar/alterar o registo
Cascade
A BD permite apagar o valor da PK, apagando automaticamente todas as linhas com FK associadas a esse valor
Ao alterar a PK, a BD automaticamente actualiza todos os registos na FK.
Set NULL
A BD permite apagar o valor da PK, e automaticamente todos os registos de FK associadas a esse valor, passam a assumir o valor “NULL”
Ao alterar a PK, a BD automaticamente actualiza todos os registos na FK com o valor “NULL”.  
Quadro 1 – Restrição da integridade referencial


Os Administradores possuem ainda outros tipos de restrições que lhes permite gerir a integridade dos dados:
·         Definir o atributo como PK ou FK;
·         Definir se o atributo pode ou não assumir valores “NULL”;
·         Definir o atributo como “UNIQUE”, ou seja, definir se este pode ou não possuir registos duplicados;
·         Definir validações por lógica envolvendo um ou mais atributos e operadores lógicos;
·         Definir o “valor por omissão”, ou seja, o valor que é automaticamente preenchido no caso de existirem registos vazios;
·         Definir descritivos textuais (i.e. comentários) sobre o objectivo do atributo.


Referências

Professor José Farinha (2011): Apontamentos e documentação em formato digital, facultada no âmbito do MSIAD do ISCTE-IUL.
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(Texto da autoria de uma antiga aluna de MSIAD. Texto e imagem tirados daqui, com  os devidos agradecimentos)


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